terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dies Irae

Dies Irae ("Dia da Ira") é um famoso hino, em latim, do seculo XII. Pensa-se que foi escrito pelo franciscano Tomás de Celano. Sua inspiração parece vir da Vulgata, tradução de Sofonias 1:15–16:

Tradução para o Portugues

Dia da Ira, aquele dia
Em que os séculos se desfarão em cinzas,
Testemunham David e Sibila!

2Quanto terror é futuro,
quando o Juiz vier,
para julgar a todos irrestritamente !

3A trombeta, espalha o poderoso som
pela região dos sepulcros,
convocando todos ao Trono.

4A morte e a natureza se aterrorizam,
ao ressurgir a criatura,
para responder ao Juiz

5o Livro escrito aparecerá,
em que tudo há,
em que o mundo será julgado.

6Quando o Juiz se assentar,
o oculto se revelará,
nada haverá sem castigo !

7Que direi eu, pobre miserável ?
A que Paráclito rogarei,
quando só justos estão seguros ?

8Rei, tremenda Majestade,
que ao salvar, salva pela Graça,
salva-me, fonte Piedosa.

9Lembre-se, piedoso Jesus,
que sou a causa de tua Via;
não me perca nesse dia.

10Resgatando-me, sentiste fadiga,
me redimiste sofrendo a Cruz,
Tanto trabalho que não seja em vão.

11Juiz Justo da Vingança Divina,
Dá-me a remissão dos meus pecados,
antes do dia Final.

12Clamo, como condenado,
a culpa enrubesce meu semblante
suplico a Ti, ó Deus

13Ao que perdoou a Madalena,
e ouviu à súplica do ladrão,
Dá-me também esperança.

14Minha oração é indigna,mas,
pela sua Bondade atuas,
Não deixe-me perecer incinerado no Fogo Eterno.

15Coloque-me com as ovelhas
Separe-me dos cabritos,
Ponha-me em sua Destra

16Condena os malditos,
lance-os nas chamas famintas,
Chama-me aos benditos.

17Oro-te, rogo a Ti de joelhos,
com o coração contrito em cinzas,
cuide do meu fim.

O poema parece completo tal como está. Alguns académicos interrogam-se se o resto é uma adicção para incluir o grande poema no uso liturgico.

18Lacrimoso aquele dia,
no qual, das cinzas ressurgirá,
para ser julgado o homem réu.

19Perdoe-os, Senhor Deus
Piedoso Senhor Jesus,
Dá-lhes descanso, Amém!

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