Certa vez, ha muito tempo atras, eu assisti um filme chamado Quo Vadis. O filme em si era meio confuso, falava sobre as perseguições aos primeiros cristões. Mas tinha uma cena muito interessante.
Fazia referencia a uma lenda ou escrito dos evangelhos apocrifos. Em Roma, quem caminha pela Via Appia, uma estrada da época dos romanos, também passa pela Capela Quo Vadis.
Mas que história é essa?
Pedro, como sabemos, após a Ressurreição de Cristo, se tornou Chefe da Igreja e foi evangelizar em diversos lugares. Mais no final de sua vida terrestre, foi evangelizar em Roma, que era a capital do Império. Depois de um tempo, os cristãos começara a ser perseguidos e martirizados.
Pedro, cuja coragem, não era seu ponto forte (já sabemos disso pelo episódio do galo na noite de Quinta-Feira Santa), resolve fugir de Roma. Talvez os seus proprios discípulos o tivessem aconselhado a isso, afinal ele parecia ser mais precioso vivo do que morto.
Então quando estava saindo de Roma, pela Via Appia, que era a principal estrada romana vê a Cristo caminhando na direção contrária. Então pergunta a Ele: -"Quo vadis, Domine?" (Mestre, aonde vais?)
E Cristo lhe responde: -"Vou a Roma ser crucificado, novamente..."
Depois dessa resposta, Pedro resolve mudar de idéia e volta a Roma, onde após exortar os cristãos e evangelizar mais um pouco (no filme ele até abençoa um casamento), é morto, crucificado de cabeça para baixo.
Esta pequena historia tem alguns pontos de reflexão. Até que ponto é prudente fugirmos de alguns perigos ou enfrentarmos estes mesmos perigos? Até que ponto somos insubstituíveis?
Para mim, pessoalmente, esta história fala também sobre determinadas tarefas que temos realizar, mas não queremos. Alguém tem de fazer aquilo, mas ficamos jogando as tarefas para outras pessoas, quando é nós que temos de fazer aquilo.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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