domingo, 19 de dezembro de 2010

O QUERO-QUERO DO MOSTEIRO

Padre Álvaro Lenhardt -


Um dia esse pássaro me cativou
Não seja acomodado, levando a vida atoa
Enquanto alto ou baixo barulhento voa,
O mesmo refrão estridente me cantou

Não seja, irmão, morno ou frio
Acorda, anda, seja inverno ou estio
Você não é criatura de hibernação
Você deve agir em qualquer estação

O quero-quero sempre repetia
Seu verso desde criança de cor sabia
Mas nenhuma mensagem nele lia
Do Voo e do seu canto nada concluía

No mosteiro este pássaro me encantou
E seu estridente grito me cantou
Comecei a então a perceber e sentir
Que sua vigilância devo seguir

Quero como tu ser sentinela, bem atento.
Seja noite ou dia, haja calmaria ou vento.
Não ser inativo atoa e alienado,
Quero viver ativo, presente e acordado.

Neste advento acorda irmão também
Diga: estou pronto, vou melhorar e amém.
Quero como o quero-quero, atento anunciar.
E para todos Feliz Natal preparar

Quero como o quero-quero
Sem desculpas ou lero-lero
Fazer de minha vida doação de amor
Como no Natal Jesus nosso Senhor.
 
Publicado no Diario Regional Santa Cruz do Sul - 02/12/2010

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